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Filosofia da Ciência e da Tecnologia – FCT/2019.1


FILOSOFIA DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA 2019.1

Disciplina TransversalFilosofia da Ciência e da Tecnologia
Sigla no SIGAPRPPG 7006
Oferta1.º semestre 2019
Dia da semanaquartas-feiras
Horáriodas 9h às 12h
Locais (para alunos da modalidade presencial)Auditório do CIFLOMA – Engenharia Florestal, Campus Jardim Botânico (Avenida Prefeito Lothário Meissner, 632)
Local (para alunos da modalidade remota)Acessar o moodle através do SIGA com seu usuário e senha. A transmissão ocorrerá simultaneamente às aulas presenciais.
Inscrições13/02/2019 a 16/03/2019
Previsão de início das aulas13/03/2019
Previsão de fim das aulas26/06/2019
Total de encontros previstos15 encontros
Carga horária*60h (leia sobre os créditos ao fim desta página)
Modalidade presencial100 vagas
Modalidade remota250 vagas

Requisitos 

Ser discente regularmente matriculado na pós-graduação stricto sensu da UFPR ou

Ser professor vinculado à programa de pós-graduação stricto sensu da UFPR


Dias, Horário, Turno e Encontros

Quartas-feiras das 09h00 às 12h00 (15 encontros)


Ementa Ofertada

A disciplina foi concebida sob a perspectiva de que há não apenas uma, mas, sim, diversas filosofias da ciência e da tecnologia. Isso reflete diferenças importantes não apenas quanto aos padrões metodológicos, mas também quanto à lista de problemas que uma reflexão filosófica sobre a ciência e/ou a tecnologia deve dar conta prioritariamente. Na escolha das filosofias  que deveriam figurar no programa, privilegiou-se aquelas que estivessem, ao mesmo tempo, amplamente disseminadas entre o público não especializado e houvessem participado de debates relevantes com suas congêneres. Desse último aspecto, destacaram-se três debates entre os mais relevantes nos últimos dois séculos: racionalidade e progresso científicos, prática e objetividade científicas e identidade e autonomia da tecnologia. O primeiro debate marcou os primeiros anos da própria filosofia da ciência, enquanto disciplina filosófica. O ápice desse debate foi o confronto entre Popper e Kuhn sobre as prerrogativas do método científico para conduzir o progresso da ciência. O segundo debate ocorreu mais recentemente, nas últimas décadas, envolvendo Bloor e Latour, com repercussão em vários outros campos conexos à filosofia da ciência, particularmente a história e a sociologia da ciência – a ponto de fazer surgir um novo campo destinado a incluir todos aqueles anteriores, os science studies. O terceiro e último debate pretende esclarecer o que poderia ser o objeto próprio de uma filosofia da tecnologia, um campo de reflexão ainda muito recente, mas, nem por isso, menos urgente e promissor. Em virtude da sua complexidade, a tecnologia tem suscitado distintas abordagens que, a exemplo dos science studies, pretendem articular perspectivas filosóficas, históricas e sociológicas – um caso limitado, mas representativo dessa espécie de abordagem são os chamados estudos STS (Science, Technology and Society).Conforme se observa, as aulas desta disciplina excederão, portanto, à abordagem filosófica, procurando também combiná-la às abordagens históricas e sociológicas, entre outras. Para conduzir essas reflexões, foram convidados professores e pesquisadores da UFPR e seus colaboradores de outras universidades nacionais e internacionais. As últimas aulas do curso estarão integradas à programação da Escola Paranaense de História e Filosofia da Ciência e da Tecnologia – Escola HFC&T 2019, evento que é uma promoção conjunta da UFPR e UTFPR – está na sua quinta edição – e que, ao lado da Escola USP de História das Ciências e a Escola de História da Ciência da UFMG, compõe a Rede Brasileira de Escolas de História da Ciência.


Bibliografia

  1. BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico: contuibuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
  2. BLOOR, David. Conhecimento e Imaginário Social. São Paulo: Editora Unesp, 2009.
  3. BUNGE, M. Treatise on basic philosophy. Dordrecht, Reidel, 1985. Tomo 7: Philosophy of science and technology.
  4. CARNAP, R. “Empirismo, Semântica e Ontologia” in MARICONDA, P. R. (org.) Coletânea de Textos/Moritz Schlick, Rudolf Carnap. São Paulo: Nova Cultural, 1988. 3. ed., pp. 111-128. (Col. Os Pensadores)
  5. FEENBERG, A. Transforming technology. A critical theory revisited. Oxford, Oxford University Press, 2002.
  6. FEYERABEND, Paul. Contra o Método. São Paulo: Editora da UNESP, 2011.
  7. HACKING, I. Representing and Intervening: Introductory Topics in the Philosophy of Natural Science. Cambridge: Cambridge U. P., 1983
  8. HEIDEGGER, M. “A questão da técnica”. Cadernos de tradução, n. 2, Departamento de Filosofia-USP, 1997 [1954].
  9. KUHN, T. A Estrutura das Revoluções Científicas. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
  10. KUHN, T. O Caminho desde a São Paulo: Editora da UNESP, 2006.
  11. LACEY, H. Is science value free? Londres, Routledge, 1999.
  12. LATOUR, Bruno. A Esperança de Pandora. Bauru: EDUSC, 2001
  13. LAUDAN, L. Science and Relativism; Some Key Controversies in the Philosophy of Science. Chicago: The University of Chicago Press, 1990.
  14. POPPER, K. A Lógica da Investigação Científica. São Paulo: Abril Cultural, 1980 (Col. Os Pensadores).
  15. QUINE, W. V. “Dois dogmas do empirismo” in PORCHAT, O. (org.) Ensaios/Ryle, Austin, Quine, Strawson. São Paulo: Abril Cultural, 1980. 2. ed., pp. 231-248. (Col. Os Pensadores)
  16. SIMONDON, G. Du mode d’existence des objets techniques. Paris: Aubier, 1958.
  17. van FRAASSEN, B. The Scientific Image. Oxford: Clarendon Press, 1989.

Professor responsável

Eduardo Salles de Oliveira Barra (UFPR)

Ronei Mocellin (UFPR)

Alex Calazans (UTFPR)

Veronica Bahr Calazans (UTFPR)


Professores convidados 

Alberto Cupani (UFSC)

Daniel Tozzini (UFPR)

Dimas Floriani (UFPR)

Eladio Constantino Pablo Craia (PUCPR)

Gilmar Evandro Szczepanik (UNICENTRO)

Halina Macedo Leal (FURB)

José Borges Neto (UFPR)

Jose Carlos Cifuentes (UFPR) (a confirmar)

Leyla Mariane Joaquim (UFBA) (a confirmar)


* Créditos da disciplina

ATENÇÃO: O  aproveitamento ou equivalência dos créditos das disciplinas transversais dependerá do Colegiado do programa de pós-graduação a que você está vinculado. Não acontece automaticamente. Compete ao Colegiado decidir sobre o aproveitamento de estudos e a equivalência de créditos, conforme artigo 18 da Resolução 32/17-CEPE.

As disciplinas transversais poderão ser aproveitadas ou equiparadas com disciplinas ofertadas da grade do programa, a critério do colegiado. Não é obrigatório que o programa integralize os créditos cursados, portanto, é importante que o discente informe-se com a coordenação sobre esta possibilidade.

***Se necessário a PRPPG poderá alterar o cronograma, locais e outras características dessa disciplina.

Mais informações em: Perguntas frequentes